Li este livro como o desafio de julho do grupo do Skoob. O desafio era ler um livro indicado por uma amiga, um livro que você normalmente não leria. Escolhi este livro por ter sido indicado e emprestado por uma amiga querida, a Jeanne, que me falou muito bem do livro e fiquei bem curiosa!
Gosto muito de livros que falam sobre comportamento humano, tanto que trabalho justamente com isso...
A Trégua é narrada em primeira pessoa pelo protagonista, Martín Santomé, um viúvo, com três filhos adultos, prestes à se aposentar, que se apaixona por uma funcionária sua, Laura Avellaneda.
Neste diário, Santomé conta sobre sua relação com os filhos, com colegas do trabalho, com amigos da juventude. Através de uma narrativa racional e objetiva, nos apresenta seu universo. Achei curiosa a forma de tratar as pessoas pelo sobrenome, até sua namorada. Também me chamou muito a atenção como a morte da sua primeira esposa, nos primeiros anos do casamento, permitiu que suas lembranças permanecessem acalentadas na melhor fase, onde o sexo tinha destaque e a rotina ainda pouco modificava o relacionamento. Santomé é irônico, introvertido, e contido. Você torce por ele.
Publicado em 1960, é um texto extremamente atual. A leitura flui bem. Revisão impecável, sem erros de português. É um prazer ler livros bem escritos.
É o primeiro livro que eu leio deste autor uruguaio, Mario Benedetti (1920-2009). Esta edição é da L&PM, pocket. No Skoob encontrei sete capas diferentes e interessantes. Gostei da que eu li.
" A vezes fazíamos contas. Nunca conseguíamos equilibrá-las. Talvez olhássemos em demasia para os números, para as somas, para os saldos, e não tínhamos tempo de nos olharmos..."
Sinopse - A Trégua - Mario Benedetti
Escrito em formato de diário e com fina ironia, A trégua traz a história de Martín Santomé, um homem maduro, de muita bondade, meio apagado, mas inteligente . Prestes a completar 50 anos, viúvo há mais de vinte, Santomé mora com os três filhos. Não se relaciona bem com nenhum deles, tem poucos amigos e mantém uma rotina monótona e cinzenta. No diário, conta os dias que faltam para a aposentadoria; mas não tem idéia do que fará assim que se livrar do trabalho maçante. Seu destino, no entanto, mudará quando conhecer Laura Avellaneda, uma jovem discreta e tímida contratada para ser sua subalterna. Com ela, Martín Santomé voltará a conhecer o amor, numa luminosa trégua para uma vida até então triste e opaca. Mas será que essa relação conseguirá ir adiante? Muito mais do que uma história de amor, A trégua é um questionamento sobre a felicidade e um retrato às vezes bem-humorado, às vezes ferino, dos difíceis relacionamentos humanos. SKOOB.Nota: 4/5
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