Dias Perfeitos foi eleito pela nossa turma do Clube de Leitura Virtual para nosso primeiro bate papo online. Confesso que fiquei me receosa, porque sou muito medrosa e impressionável e evito a todo custo livros de terror e que tenham muito suspense. E não e que eu não fiquei com medo?! Nada, nadinha de pavor. Dormi tranquila, mesmo lendo a noite...rsrsrs.
Bem, Raphael Montes vem se firmando na literatura nacional como um autor jovem e finalista de vários prêmios literários.
Apesar de achar interessante a escrita dele e de tentar acompanhar o seu raciocínio em termos psicológicos, Raphael deixa vários furos no livro, em várias situações você fica pensando, não é possível que isto tenha acontecido!
A estória começa com Téo divagando sobre sua relação com Gertrudes, um dos cadáveres da suas aulas de anatomia. Ao conhecer Clarice, afloram todos os aspectos de uma mente doentia e psicopata e é esta relação que predomina no enredo.
Acho que a grande sacada do livro foi incomodar. Isso ficou muito claro na discussão do nosso Clube de Leitura. Todas ficaram muito incomodadas com a postura dos protagonistas. Além disso, a mensagem de impunidade que o autor deixa no livro também foi captada e discutida por todos do grupo. O cara apronta muito e nada o desmascara, nada acontece...terminei o livro com a pulga atrás da orelha. Será que teremos continuação? O autor deixou para nós a interpretação final?
Téo é um solitário estudante de medicina que divide seu tempo entre cuidar da mãe paraplégica e examinar cadáveres nas aulas de anatomia. Durante uma festa, ele conhece Clarice, uma jovem de espírito livre que sonha tornar-se roteirista de cinema. Ela está escrevendo um road movie sobre três amigas que viajam em busca de novas experiências. Obcecado por Clarice, Téo quer dissecar a rebeldia daquela menina. Começa, então, uma aproximação doentia que o leva a tomar uma atitude extrema. Passando por cenários oníricos, que incluem um chalé em Teresópolis e uma praia deserta em Ilha Grande, o casal estabelece uma rotina insólita, repleta de tortura psicológica e sordidez. O efeito é perturbador. Téo fala com calma, planeja os atos com frieza e justifica suas atitudes com uma lógica impecável. A capacidade do autor de explorar uma psique doentia é impressionante – e o mergulho psicológico não impede que o livro siga um ritmo eletrizante, repleto de surpresas, digno dos melhores thrillers da atualidade. Dias perfeitos é uma história de amor, sequestro e obsessão. Capaz de manter os personagens em tensão permanente e pródigo em diálogos afiados, Raphael Montes reafirma sua vocação para o suspense e se consolida como um grande talento da nova literatura nacional.(SKOOB)
Agora aguardo ansiosa a escolha do nosso próximo livro, para o clube de leitura de janeiro.
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