Desde que li uma reportagem sobre este livro, estava muito curiosa pra ler. Ao mesmo tempo estava receosa, imaginando que seria uma leitura pesada. Me enganei profundamente! A leitura é ótima!
Um livro corajoso, de uma moça muito corajosa, que enfrenta sua doença (e sua severa imobilidade) de uma forma muito positiva.
Eliana, contraiu Poliomelite (paralisia infantil) aos 2 anos de idade. Daí começa sua luta pela vida. Contraindo todas as expectativas mais positivas, conta hoje sua história. Relata sobre sua vida dentro do maior hospital do Brasil, o Hospital das Clínicas. Conta sobre seus amigos, sobre os profissionais que la trabalharam e trabalham até hoje, sobre expectativas, frustrações, sonhos, esperanças e amor.
Um relato rico em detalhes que muito me impressionou, tanto como psicóloga e profissional da área hospitalar quanto como mãe.
Justamente enquanto mãe, sofri e fiquei emocionada com a solidão de Eliana, aliás não só dela, de quase todos seus amigos internados na sua ala. Tanto ela, quanto relatos de outros profissionais citados no livro, contam sobre o abandono da família, do quanto estes pacientes pouco convivem com sua família de origem. O livro conta também sobre a solidão e a decepção quando voluntários e amigos desaparecem após algumas visitas. Uma bela e triste reflexão.
Embora estes temas sejam pesados e dolorosos, o livro não é! É um livro bem humorado, que consegue ser leve apesar de tudo.
Atos do cotidiano, tão banais e simples, como um demorado banho, ver as árvores, perspectivas de olhar (Eliana vê tudo na horizontal e de cima para baixo, nunca de baixo para cima), um abraço apertado...como estas coisas que aquecem o coração fazem falta para quem não (ou pouco) tem!
Conheci um pouquinho da Eliana pelo livro e gostei muito do que li. Uma moça corajosa, independente, curiosa, que trabalha, uma artista (pinta com a boca lindos quadros), que tem amigos e que decidiu colocar no papel sua vida. Um alento para tantos que sofrem e ouso dizer, para tantos que acham que sofrem demais...
O livro traz ainda muitas fotos (eu adoro isso) o que ajuda a te situar na história. Fiquei muito impressionada com uma foto que mostra muitos aparelhos que eram chamados de pulmão de aço, numa mesma sala.
Leitura fácil, livro bem escrito e gostoso de ler.
Super recomendo!
Sinopse - Pulmão de aço - Uma vida no maior hospital do Brasil - Eliana Zagui
Eliana chegou ao Hospital das Clínicas de São Paulo aos dois anos de idade, em 1976, com poliomielite, paralisada do pescoço aos pés e quase incapaz de respirar. Foi colocada no pulmão de aço, máquina usada para recuperar o aparelho respiratório, mas não apresentou evolução significativa. Os médicos avisaram aos pais da menina que ela teria pouco tempo de vida. Eliana ainda vive no hospital. Em Pulmão de Aço ela conta, de forma emocionante, como fez para sobreviver aos prognósticos e se tornar uma artista que pinta quadros com a boca. SKOOB
Nota 4/5
Este livro é a minha segunda viagem do Projeto Viagem Pelo Brasil em 54 Livros
Li este livro através do grupo Livro Viajante.
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