Quem é Cassia Cassitas?
Cassia fez carreira na área tecnológica. Como professora, integrou a equipe de várias instituições de ensino superior. Como aluna, especializou-se em Engenharia da Informação, Didática do Ensino Superior e Filosofia e Existência.
Mãe de dois adolescentes que devoram livros, Cassia publicou sua primeira obra, Domingo O Jogo, em 2010, quando alcançou o topo do ranking dos livros eletrônicos mais vendidos no Brasil. Em 2012, lançou seu primeiro romance Fortuna A Saga da Riqueza, sobre a prosperidade de quatro gerações culminando na bolha imobiliária americana de 2008. Viajando assiduamente pelo mundo e pelos livros, Cassia Cassitas vive em Curitiba, com sua família, seus sonhos e livros.
Li o livro O Menino Que Pedalava pensando nas perguntas que teria oportunidade de fazer para Cassia Cassitas, autora do livro. Confesso que adorei esta parceria. É uma delícia ler um livro e poder tirar suas dúvidas com a escritora! Gostei tanto das respostas da entrevista que vou reproduzi-la aqui integralmente, para vocês conhecerem um pouco melhor esta escritora tão atenciosa. Quero ler os dois livros que lançados anteriormente e aguardo ansiosa o novo trabalho dela.
Acompanhe a entrevista abaixo:
Cassia fez carreira na área tecnológica. Como professora, integrou a equipe de várias instituições de ensino superior. Como aluna, especializou-se em Engenharia da Informação, Didática do Ensino Superior e Filosofia e Existência.
Mãe de dois adolescentes que devoram livros, Cassia publicou sua primeira obra, Domingo O Jogo, em 2010, quando alcançou o topo do ranking dos livros eletrônicos mais vendidos no Brasil. Em 2012, lançou seu primeiro romance Fortuna A Saga da Riqueza, sobre a prosperidade de quatro gerações culminando na bolha imobiliária americana de 2008. Viajando assiduamente pelo mundo e pelos livros, Cassia Cassitas vive em Curitiba, com sua família, seus sonhos e livros.
Li o livro O Menino Que Pedalava pensando nas perguntas que teria oportunidade de fazer para Cassia Cassitas, autora do livro. Confesso que adorei esta parceria. É uma delícia ler um livro e poder tirar suas dúvidas com a escritora! Gostei tanto das respostas da entrevista que vou reproduzi-la aqui integralmente, para vocês conhecerem um pouco melhor esta escritora tão atenciosa. Quero ler os dois livros que lançados anteriormente e aguardo ansiosa o novo trabalho dela.
Acompanhe a entrevista abaixo:
Olá, Claudia, muito bom te conhecer!
Tive o prazer de passear pelo seu blog e sentir um pouco mais a energia de suas palavras. Parabéns pela Leticia, pelo Gabriel e por todos as formas de amor que cultiva em sua vida. Em especial, a paixão pelos livros!
- Como surgiu a ideia do livro?
Nesses tempos de redes sociais, decidi buscar a “felicidade” das postagens no dia a dia, nas pessoas que passam por nós nas ruas. Nesse trajeto eu descobri atitudes e me lembrei de situações vividas que me fizeram sorrir. A emoção de uma ex-aluna me dizendo que não poderia mais frequentar as aulas por problemas cardíacos foi o ponto de partida para construir André.
- Este tema, paraolimpíadas, faz parte do seu dia à dia? Pergunto isso para saber se os detalhes que você abordou de forma tão interessante já faziam parte do seu repertório ou se você teve que pesquisar e aprender sobre o tema.
Foram três anos de muita pesquisa. O resultado está nos cenários, acontecimentos e pessoas com sobrenome. As paraolimpíadas foram se insinuando, permeando os fatos até se tornarem uma historia própria que acabou por alinhavar o destino dos personagens, o estilo da escrita e a linguagem. Viajei, estudei, conheci pessoas incríveis, aprendi muito.
- O André e seus pais são reais? São baseados em pessoas reais ou a estória é fictícia?
André, Elizabeth e Mário são colchas de retalhos. O garoto que odeia a escola é meu filho Gabriel. Quando ele resolve transformar os brócolis em árvores passa a ser meu filho Eduardo. Pedalando ele descobre como lidar com as questões da vida e se torna André: do grego, coragem. A forma como ele persegue seu sonho o transforma num atleta e nos faz vibrar. As emoções de Elizabeth o apoiam como a poesia que nos queima e nos conforta, abraçando filhos e causas sociais. Mário suporta o mundo, planejando obras e passos numa operação de resgate da vida por onde passa. O leitor sente o cheiro da luta e começa a torcer por eles, se emocionar com Elizabeth e segurar a mão de Mário.
- Achei muito interessante a forma como você abordou a deficiência do André. Confesso que fiquei muito curiosa e intrigada porque só descobrimos qual é a deficiência dele no final do livro e mesmo assim de uma forma muito sutil. Isto foi proposital? Tive a impressão que você queria mostrar que André tinha uma vida absolutamente normal, mesmo sendo um deficiente físico. Fiquei surpresa ao constatar qual era sua deficiência, pois não imaginava qual seria, embora me perguntasse isso em várias passagens do livro.
Quando olhamos para a deficiência, fica mais difícil enxergar o ser humano. As dificuldades crescem e as possibilidades diminuem. “O Menino que Pedalava” quer fazer o contrário. De cada personagem eu tirei uma parte para demonstrar que as pessoas são perfeitas para a vida que se apresenta. Afinal, do que é feita a humanidade senão da busca do que nos falta? A sutileza é uma forma delicada dos fatos se revelarem. Eu senti o choque. Até ser tocada pela grandeza, pela determinação dessas pessoas que alcançam o pódio da vida. Não importa se são mães ou executivos, educadores ou esportistas. Eles se ocupam do que realmente importa e se realizam.
- O fato do livro ser lançado próximo às Olimpíadas do Rio foi coincidência ou fazia parte do projeto?
O grande tema de “O Menino que Pedalava” é a inclusão social pelo esporte. No desenvolvimento do projeto, houve uma convergência. A proximidade dos jogos, o interesse da sociedade, a mobilização da comunidade esportiva em torno de 2016. Isso é muito bom, pois o atleta passa muitas horas dedicado aos treinos. Mas há os patrocinadores, a família, os amigos, pessoas importantes para viabilizar um futuro de dignidade a jovens atletas, quando as luzes dos estádios se apagam. Eu acredito que a leitura da historia de André possa movimentar ideias e ampliar possibilidades.
- Fiz uma pequena pesquisa sobre seu trabalho, visitei seu site e o site do livro e ambos são bilíngues. Li num blog que você lançou primeiro o livro nos EUA. Gostaria que você me contasse um pouco sobre este processo e porque esta escolha do lançamento em inglês antes (ou concomitante) ao nacional.
Em inglês, o título é “Riding”. Foi lançado em abril de 2015, na esteira do romance “Saga of Wealth”(2013) e do ensaio “Sunday the Game”(2011). Os leitores americanos são generosos, dão sua opinião, discutem o destino dos personagens e me escrevem para contar quem são e o que sentiram durante a leitura. Eu adoro! “Riding” foi lido por veteranos de guerra, adolescentes, cientistas, mães, atletas, educadores. São relatos emocionantes. Em especial, de um rapaz de 25 anos, diagnosticado autista aos seis anos. No Brasil, encontrei na Editora Pandorga a parceria desejada.
- O livro terá continuação? Teremos novas aventuras do André?
Muito bacana sua pergunta, obrigada por acolher o personagem e suas peripécias. Anos de pesquisa, conteúdo, linguagem, abordagem, terminam aqui. André seguirá na mente e no coração dos leitores. Eu já estou trabalhando em outro projeto.
- Li que sua formação é em Tecnologia da Informação. Hoje você ainda trabalha nesta área, concilia com a escrita? Se mudou de área, como foi esta mudança de carreira?
Trabalhei muitos anos em grandes corporações no Brasil e exterior, fui professora universitária, participei de grandes projetos. Com filhos crescidos e a vida prática resolvida, estudei Filosofia e hoje me dedico a essa apaixonante tarefa de escrever, conversar com pessoas, e colocar ideias em movimento.
Muito obrigada, Claudia, pela alegria de conversar com você. Seu olhar tornou maior a trajetória dos personagens que eram meus. Eles seguem com você.
Um grande abraço,
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